Uma espada pode ser definida simplesmente como uma "arma branca cortante e perfurante, formada de uma lâmina comprida e estreita com punho e guardas". Mas fato é que elas sempre foram vistas também como um símbolo de bravura e nobreza, por conta das lendas que envolvem batalhas em que armas deste tipo foram usadas!
Nesse contexto, veja então 5 modelos de espadas lendárias! Conheça no post algumas armas responsáveis por histórias que atravessaram gerações, com muitas dessas lendas servindo inspiração para ferreiros e cuteleiros ao longo dos anos, mantendo viva a cultura do corte viva até hoje!
1. A lendária Excalibur
Não tem como pensar em espadas lendárias e não pensar na Excalibur! De acordo com as histórias contadas, ela era a arma do famoso Rei Arthur, que teria se tornado o governante da Bretanha entre os séculos V e VI, justamente após conseguir retirar a icônica espada de uma pedra — ato que comprovaria seu direito divino à realeza.
As lendas descrevem a Excalibur como uma arma extremamente poderosa, com brilho capaz de cegar seus oponentes e, claro, capaz de cortar as armaduras mais pesadas. Até sua bainha teria propriedades especiais, como a de impedir a morte por sangramento do seu portador!
Fato é que os relatos sobre suas dimensões, formas e demais características, serviram de base para a definição de espadas montantes como conhecemos hoje.
2. Claymore, a montante de William Wallace
Foi no cinema, por meio do filme Coração Valente — ganhador de 5 Oscars em 1995 e estrelado por Mel Gibson — que muitos conheceram Claymore, espada empunhada por William Wallace durante as batalhas do povo escocês pela independência do país!
Wallace foi uma das principais lideranças nas Guerras de Independência Escocesas, que ocorreram entre 1296 e 1328, se transformando em mártir após sua execução em 1305. Suas ações em campo de batalha — usando a Claymore para derrotar seus adversários — junto de seus ideais de resistência foram cruciais para a independência da Escócia.
A importante espada sumiu depois da morte de Wallace, não aparecendo em nenhum registro histórico até 1825. Nesse ano, ela foi enviada para reformas na Torre de Londres e, depois da recuperação e da sua identificação, foi recuperada pelo governo escocês em 1888. Hoje em dia, ela se encontra no Monumento Wallace, localizado em Stirling.
3. O Sabre de San Martín
A história também conta com espadas lendárias na América do Sul, ainda representando o espírito do povo em busca da liberdade! O Sabre do general José Francisco San Martin y Mantorras — ou simplesmente, San Martín — é um símbolo importante no Chile, na Argentina e no Peru justamente por conta da importância do militar na independência destes países!
A espada curvada era o xodó de San Martín, aparecendo em diversos retratos do general e em relatos de seu uso em batalhas campais. O próprio militar elogiava com frequência a beleza e eficácia característica dos sabres, sendo lâminas mais leves e fáceis de se utilizar com precisão.
Após sua morte, em 1850, a importante peça ficou em posse do governo argentino e foi transferida para o Museu Nacional de Buenos Aires para ser exposta ao público.
4. Kusanagi, o tesouro sagrado japonês
Com toda a tradição japonesa da época dos samurais, é claro que o país contaria com uma tradicional katana como um representante nessa lista. O peso da Kusanagi na cultura local, aliás, é tão grande, que a arma é considerada uma das três relíquias sagradas japonesas!
Na mitologia japonesa, a espada teria sido descoberta pelo Deus do mar e das tormentas (Sussanoo) em uma das caudas de uma serpente de oito cabeças derrotada pela própria divindade. A Kusanagi, então, atravessaria gerações, até que o príncipe Yamato Takeru se tornasse seu portador e trouxesse mais um capítulo para a história da arma.
As histórias japonesas contam que Yamato foi emboscado em uma floresta e ficou preso em meio a um incêndio. Então, ao usar a lâmina para cortar a grama à sua volta (daí o nome, que significa "espada cortadora de grama"), ele notou que a arma era capaz de redirecionar o fogo e usou essa propriedade mágica para derrotar seus inimigos.
Reza a lenda que a Kusanagi está junto aos outros dois tesouros sagrados japoneses — a joia curva e o espelho de oito palmos —no santuário de Atsuta, visitado até hoje pela relevância dos objetos na crença xintoísta.
5. Goujian, a Excalibur chinesa
Talvez a espada mais misteriosa de toda a lista, a Goujian foi descoberta em 1965 em condições impecáveis, mas análises minuciosas revelaram que a arma tinha mais de 2000 anos. Sua origem é desconhecida, já que o artefato foi encontrado durante escavações de túmulos desconhecidos na região de Hubei.
Mas fato é que sua estrutura feita em cobre e estanho foi conservada por uma bainha igualmente impressionante. A proteção de couro guardou a lâmina praticamente a vácuo, garantindo seu estado impecável mesmo após ser soterrada e submersa por mais de 2 milênios.
A qualidade da espada era tanta que mesmo logo após sua descoberta, a Goujian era capaz de cortar um maço com mais de 20 folhas sem muito esforço!
Todo o mistério em torno da arma lhe deu uma aura mística perante muitos chineses, que passaram a considerar a espada como um objeto, em certo nível, divino, como a Excalibur. De qualquer forma, o item foi incluído na lista de tesouros nacionais da China e está exposta no Museu de Hubei.
Já que estamos falando sobre bainha, o que você acha de conhecer os modelos mais famosos e como escolhê-los?
Agora você conhece mais detalhes sobre 5 das espadas mais lendárias da história! Estas armas especiais, que flutuam constantemente entre realidade e mito, vão muito além dos seus aspectos físicos, se misturando com a história de muitos povos.
Tamanha importância faz também com que peças como essas tenham inspirado ferreiros a aprimorarem cada vez mais suas técnicas em busca da produção de suas próprias obras-primas. De certa forma, este conceito segue vivo na cutelaria até hoje e não para de evoluir!
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