A vida cotidiana às vezes nos faz esquecer de como o mundo é vasto e a natureza oferece oportunidades únicas de nos sentirmos vivos e ativos, em contato com o que há de melhor, dentro e fora de nós, especialmente quando podemos compartilhar esses momentos! Os esportes outdoor trazem diversas chances de curtir e se apaixonar pelo mundo que nos cerca. Conheça alguns dos mais amados e acessíveis para você começar!

O conceito de esportes outdoor e esportes radicais

Os dois termos costumam ficar juntos e até serem sinônimos entre si debaixo do guarda-chuvas do conceito de esportes de aventura, que são aqueles que nos oferecem oportunidades de desafiar nossa capacidade física em ambientes e situações que na grande maioria das vezes envolvem algum elemento da natureza, como os rochedos, florestas, corpos d’água e até os céus!

Com o desenvolvimento de equipamentos cada vez mais sofisticados de sobrevivência e aventura, esportes novos, modalidades e técnicas não param de surgir, atualizando e aumentando ainda mais o grau de desafio e segurança dos participantes.

A grande maioria desses esportes é praticado em grupo, de forma colaborativa ou competitiva, e traz muitas oportunidades tanto contemplativas da natureza quanto imersivas junto de seus elementos, sendo considerados ótimas atividades de socialização e até terapia.

Esportes outdoor e radicais que vale a pena conhecer

1. Caminhadas, trilhas

Dentro da categoria de esportes outdoor de caminhada mais radicais, podemos citar duas modalidades principais para se inspirar:

  • O trekking consiste num esporte radical de alta intensidade e demanda, que envolve geralmente a atividade de atravessar um desafio natural, muitas vezes uma área montanhosa ou uma área com arborização bastante densa.

O desafio envolve a cooperação, pois as exigências em relação ao transporte e ao camping são grandes, exigindo um material completo, para acampar, cozinhar, se guiar.

Seus praticantes costumam traçar desafios com ambientes e táticas imersivas para contornar imposições da natureza de forma criativa e de alta performance.

  • O hiking possui uma demanda um pouco menor de quem pratica, já que não costuma exigir o camping, liberando os praticantes de uma quantidade grande de equipamentos.

Nesta modalidade os praticantes geralmente cruzam trilhas preparadas previamente, saindo e retornando ao ponto de partida no mesmo dia, o que aumenta a segurança, especialmente daqueles que ainda estão começando a aprender e se preparar para desafios mais longos, pois as trilhas mais comuns são equipadas para oferecer maior segurança, e por isso, a modalidade costuma ter um caráter muito mais contemplativo da natureza e da noção de espacialidade.

2. Bushcrafting e sobrevivêncialismo

Apesar de termos colocado estes dois esportes no mesmo tópico, eles possuem diferenças essenciais entre si, tanto em relação à execução quanto ao conceito:

  • O sobrevivencialismo é mais que uma prática esportiva, pois consiste especialmente numa atividade de conceitualização, estudo e prática de sobrevivência em situações extremas em diferentes circunstâncias, como na mata, nas montanhas.

Quem é adepto pratica diversos exercícios relacionados à sobrevivência em diferentes ambientes, mas ela também faz muita pesquisa sobre alimentação, higiene, especialmente relacionado à natureza selvagem ou até em situações urbanas extremas também.

  • Enquanto o bushcraft é um esporte outdoors que também envolve muito estudo e conceitualização, mas seu princípios tem um cunho mais recreativo, de conviver na natureza (do inglês: bush = arbustos, craft = artesania, comumente chamado de artes mateiras) usando apenas os itens mais essenciais deliberadamente, especialmente facões e canivetes especializados para lidar com as mais diversas situações em cortar mata, extrair madeira, alimentos e até caçar.

As duas modalidades costumam envolver o camping, a busca por alimentos, o artesanato natural e a aplicação de técnicas mais aborígenes, mas podemos dizer que o primeiro tem mais relação com a simulação de ambientes e circunstâncias, enquanto o segundo tem um cunho mais recreativo e contemplativo.

3. Mountain biking

Uma das modalidades mais amadas e consumidas no mundo das bikes, o mountain biking é outra atividade que exige bastante força e é extremamente recompensadora, e assim como os demais esportes radicais que mencionamos acima, a MTB tem ao menos duas modalidades bastante importantes:

  • No Cross Country os ciclistas cruzam grandes áreas, comumente bastante acidentadas, com ênfase nas subidas mais íngremes e percursos mais longos, repletos de desafios, seja dentro das áreas mais arborizadas ou mesmo em regiões montanhosas, tudo isso vai variar na medida em que cada equipe tem acesso.
  • O Enduro, por sua vez, mistura um pouco do cross country e do downhill, que é a descida em alta velocidade especialmente em estradas.
    Nessa modalidade as descidas íngremes são o ingrediente principal. A dificuldade costuma ser bem maior, devido ao risco e à alta vibração que o ciclista recebe.

Ambas as modalidades podem ser praticadas em terrenos já preparados para equipes ou desbravando espaços novos, mas é importante usar muita proteção e ter certa experiência na atividade.

4. Decidimos fechar nossa lista de esportes outdoor com um bastante inusitado e relativamente novo: o Parkour. Já falamos de ambientes montanhosos e arborizados, mas e os ambientes urbanos?

Concebido na Europa, especialmente na França dos anos 80, o Parkour (parcour = caminhar, na língua francesa) consiste na exploração acrobática de obstáculos urbanos, mas a atividade vai muito além: ela tem uma forte relação com todos os movimentos de cunho street que nasceram nos anos 80, como a modalidade do skateboarding e de bikes.

O Parkour integra elementos das lutas orientais, especialmente o taekwondo, que possui diversos movimentos de acrobacia e força. Seus praticantes costumam buscar por áreas abandonadas, em escombros, ou por diversos outros obstáculos naturais também. O importante é desenvolver técnicas de movimento desafiadoras.

Existe uma modalidade de parkour que tem ganhado muita popularidade, o Freerunning, que também envolve os princípios do Parkour com o adicional de ter um cunho maior de expressividade pessoal nos movimentos.

Ainda que ambas as modalidades tenham tudo a ver com a noção de espaço e corporeidade, o freerunning muitas vezes tem um foco maior no desenvolvimento de tricks individuais, isto é, habilidades mais expressivas, performáticas e individuais, com assinaturas de movimento, como acontece com o skate freestyle.

Gostou das ideias de esportes outdoors radicais para praticar? todos eles são acessíveis e podem ser praticados com equipamentos médios, em grupos de amigos e com supervisão de especialistas para ter uma imersão maior, o importante é ir para o mundo e explorar os cenários e sentimentos novos que o esporte traz!

Aqui na Cutelaria CIMO você encontra uma série de equipamentos para esportes radicais outdoor, e em nosso blog, informações e dicas especiais para praticá-los com a melhor performance!

Sobre o autor

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO

Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.

O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.

Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.

Junior Dorigatti