O sobrevivencialismo está crescendo e a cada dia ganha mais adeptos, sobretudo porque as informações sobre a prática estão sendo mais divulgadas, possibilitando maior preparo para lidar com situações de sobrevivência. A ideia do sobrevivencialismo é juntar um grupo para entrar em um local inexplorado, conhecê-lo e sair são e salvo. A atividade pode ser confundida com o Bushcraft, que também acontece em meio a mata, mas consiste em construir um acampamento para ficar em contato com a natureza. No post de hoje, você vai conferir dicas para escolher uma faca de sobrevivência eficiente para a prática do sobrevivencialismo. Confira aí!
O que considerar para escolher a melhor faca de sobrevivência?
Existem tantas facas disponíveis no mercado, que, quando precisamos escolher um modelo ideal para sobrevivência, ficamos confusos sobre qual é o mais indicado para lidar com a situação.
Conhecer algumas características fundamentais das facas, como o material da lâmina, desbaste e tipo da lâmina, tipo de cabo, peso e tamanho, torna a tarefa mais fácil. Entenda mais sobre cada uma dessas particularidades!
Material da Lâmina
Começando pelo material que a lâmina é feita…
Existem três tipos de aços utilizados para a fabricação das lâminas: aço inox, aço carbono e aço damasco. O mais comum é encontrar facas de aço inox e aço carbono, já que o damasco é mais “raro” e, consequentemente, mais caro.
O inox é composto, basicamente, de ferro, carbono e, pelo menos, 10,5% de cromo, por isso ele tem a característica de ser mais brilhoso. O aço carbono é uma liga de ferro que contém cerca de 2% de carbono, é mais fosco e escurecido.
Em todos os tipos de aços, há outros elementos que compõem a lâmina, como silício, níquel, manganês, cobre, enxofre e fósforo, em proporções diferentes, resultando em subtipos de aços, que são diferenciados pela numeração.
O aço inox 420 é um dos mais utilizados quando se trata de facas de sobrevivência. Mas, qualquer um deles são excelentes materiais para uma faca de sobrevivência.
Desbaste e tipo de lâmina
Outra característica que você precisa se atentar é o tipo e o desbaste da lâmina. O tipo da lâmina é referente ao acabamento da ponta da lâmina, ou seja, existem diferentes modelos de pontas, com nomes e funções específicas.
O mais comum é a faca straight point, que apresenta a parte superior da lâmina reta. A drop point é uma lâmina que possui uma leve inclinação na ponta, formando um V ao final da faca. A lâmina Dagger tem a ponta mais arredondada, em ambos os lados, que culmina em uma ponta afiada. Já a lâmina Skinner é mais robusta, larga, com uma curvatura diferenciada.
Outro ponto que é preciso analisar é em relação ao desbaste da lâmina, característica que determina o fio de corte. Afinal, o desbaste delimita a espessura que a lâmina terá na parte cortante, se ela será boa para algumas funções, como talhar madeira, rachar lenha para acender uma fogueira, talhar uma tora para armar acampamento, fazer uma armadilha para conseguir uma caça para se alimentar, entre outras.
Quando se pensa em situações de sobrevivência ou Bushcraft, é indicado optar por uma faca com uma lâmina ‘full tang’, que é inteiriça, isto é, o aço da lâmina acompanha o cabo até o final, por isso, é um modelo muito mais resistente se comparado às facas com lâmina e cabo interligado por ligas metálicas ou parafusos.
Tamanho e peso
Aqui, temos dois fatores muito pessoais e importantes. Cada pessoa tem um biótipo, um tamanho de mão, mais ou menos força, etc. Vale levar em conta a preferência: você prefere uma faca robusta (grande e mais pesada) ou uma faca mais leve?
Cada uma renderá mais para determinados tipos de atividades e serão mais fáceis de manipular de acordo com a sua força para empunhá-la.
A prática do sobrevivencialismo e Bushcraft exigem que você esteja equipado com uma faca de qualidade e resistência. Você precisará lidar com situações em que somente uma lâmina afiada e eficiente dará conta do recado. Como dissemos: fazer estacas para armar acampamento, armadilhas, cortar alimentos, enfim.
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Sobre o autor
Junior Dorigatti
Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO
Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.
O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.
Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.
